quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Pesquisa brasileira com mulheres mostra que incontinência urinária quase dobra o risco de disfunção sexual

Para avaliar o impacto da perda involuntária de urina na vida sexual das mulheres – o grupo mais atingido pela condição – foram recrutadas 356 voluntárias com idades entre 30 e 80 anos para uma pesquisa no Hospital São Paulo, vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Do total de participantes, 243 tinham incontinência urinária. Depois de submetê-las a questionários, exames e avaliações clínicas, a expert descobriu que 53% das que tinham dificuldade de reter xixi também apresentavam disfunção sexual.
Ao serem questionadas sobre sua qualidade de vida, 10% relataram que era ruim. Por outro lado, no grupo de mulheres sem incontinência, esses números foram de 29% e 3,9%, respectivamente. No trabalho, foram verificados diversos aspectos associados à sexualidade, como desejo, satisfação sexual e conforto. Em todos os parâmetros estudados, os resultados foram piores nas mulheres com incontinência.
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A boa notícia é que dá para amenizar o desconforto. O tratamento é eficaz em 90% dos casos – ele é baseado principalmente em fortalecimento da região pélvica com fisioterapia, medicamentos e mudanças comportamentais. O grande empecilho para que as mulheres busquem ajuda é a vergonha . Então fica o recado: a incontinência tem, sim, solução. E ela pode ser bem mais simples do que se imagina.

Fonte: Saúde